Nota pelas vidas negras contra a chacina no Rio de Janeiro
NOTA PELAS VIDAS NEGRAS CONTRA A CHACINA DO RIO DE JANEIRO
O Pelas Vidas Negras se soma à indignação nacional diante da chacina ocorrida no estado do Rio de Janeiro nesta semana, expressão brutal de uma necropolitica racista que transforma a morte da população negra em projeto de poder.
O que se viu nas comunidades da Penha e do Alemão não é exceção, é a forma como o Estado brasileiro escolhe funcionar: uma politica de segurança que decide quem pode viver e quem deve morrer a partir da cor da pele.
Sob o comando do governador Cláudio Castro, o Rio de Janeiro institucionaliza o extermínio como política de Estado, convertendo a morte em estratégia eleitoral. É o governo com o maior número de chacinas com mortes da história do estado.
O governador transforma tragédias em palanques e corpos em capital eleitoral. Em vez de politicas de segurança baseadas em inteligência, prevenção e cidadania, o que se vê é um governo que aposta no medo, na violência e na morte como forma de mascarar sua ineficiência, despreparo e crueldade. Cláudio Castro não governa, caça manchetes e disputa votos banhados em sangue, fazendo da morte sua principal plataforma eleitoral. E seu projeto de poder se sustenta no morte do povo negro.
O que o governo chama de “guerra ao crime” é, na verdade, uma guerra declarada contra as favelas e periferias, que há décadas suportam o terror do Estado travestido de política pública.
Nenhuma justificativa de segurança pode legitimar execuções, invasões de casas e a violação cotidiana do direito à vida. Rejeitamos a narrativa que naturaliza o genocídio e denunciamos o uso político da violência de Estado como instrumento de campanha. Enquanto o governo celebra números de mortos e presos, famílias negras choram seus mortos e veem seus territórios destruídos.
EXIGIMOS:
• Investigação imediata, independente e transparente das ações policiais realizadas;
• Responsabilização do governador Cláudio Castro e das forças envolvidas;
• Reparação às famílias das vitimas e a revisão urgente das diretrizes de segurança pública no estado;
• O fim da política de morte que governa as favelas e o compromisso real com políticas de vida, trabalho, educação e dignidade.
O BRASIL PRECISA ESCOLHER DE QUE LADO ESTÁ: DO LADO DA BARBÁRIE OU DO LADO DA VIDA.
Nós, do Pelas Vidas Negras, seguimos firmes do lado da vida, da justiça e do povo negro. Escolhemos o nosso lado e estaremos juntas no chamamento de ato da Coalizão Negra por Direitos nesta sexta-feira, dia 31, em defesa da vida e contra o projeto de morte que governa o Rio de Janeiro e o país.
Pelas Vidas Negras DF
Brasília, 29 de outubro de 2025
ASSINAM:
1. Coalizão Negra por Direitos
2. Frente de Mulheres Negras do DF
3. Uneafro Brasil
4. Instituto de Referência Negra Peregum
5. Coletivo Mobiliza DF
6. Instituto de Estudos Socioeconômicos - Inesc
7. Movimento Negro Unificado - MNU/DF
8. Enegrecer - Coletivo Nacional da Juventude Negra
9. Secretaria de Combate ao Racismo PT/DF
10. Confluências de Educação Popular
11. Núcleo de Base de Mulheres Negras do PT
12. Batalha da Fonte de Taguá
13. Rede Cidadã de Taguatinga - RECITA
14. Maloka Socialista
15. Afronte - DF e Entorno
16. Quilombo Raça e Classe
17. Chapa: Vozes Negras em Movimento: Protagonismo e Ação!
18. Nosso Coletivo Negro - NCN/DF
19. Movimento Brasil Popular - DF
20. Coletivo Da Barragem Pra Cá - PRN/TP
21. Coletivo Juntos!
22. PSOL DF
23. Pedagoginga
24. Articulação De Mulheres Brasileiras
25. Instituto Kalli
26. Casa de Cultura Popular Martinha do Côco
27. Canal Lugar de Falas
28. Levante Feminista contra o Feminicídio, o Lesbocídio e o Transfeminicídio do Distrito Federal e Entorno
29. Setorial de Saúde do PT
30. Instituto Viva Mulher
31. AYA Mães
32. Filhos de Ceilândia
33. APNs DF
34. Espaço Melônio Afro
35. Instituto Josefina Serra
36. Rede Brasil Mulher
37. Instituto Filhas da Terra
38. Clube Social Negro de Brasília
39. Terra de Direitos
40. Levante Popular da Juventude - DF
41. Rede Distrital Pelo Desencarceramento
42. Coletivo Candaces DF e Ride
43. Março por Marielle DF
44. União Brasileira de Mulheres DF e Entorno
45. Instituto Sobonfu Somé
46. BordaLuta
417. Marcha da Maconha DF
48. Nepfir - Núcleo de Escritoras Pretas Maria Firmina dos Reis/UnB
49. Coletivo Yaa Asantewaa
50. Emancipa Axé DF e Entorno
51. Emancipa Planaltina
52. Ecoa Saberes Coletivos
53. Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF)
54. Primavera Socialista / Primavera Negra
55. PCBR
56. UJC
57. Diálogo e Ação Petista - DF
58. Grupo Consciência- Estudos e Pesquisas em Materialismo Histórico-dialético e Educação
(FE/UnB)
59. Coletivo Maré Negra
60. Muralha Antifascista
61. Grupo de Estudos para o Trabalho - GEPT/UnB

 
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