GEPT lança manifesto "Pela vida, por emprego, renda, pela preservação do meio ambiente e pelas liberdades democráticas"
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Passado um ano de seu início em 2020, a pandemia do Coronavirus-19 amplia a devastação tétrica promovida pela elite econômica e operada pelo governo federal sobre a sociedade brasileira. O Brasil se tornou pária mundial, a nação com pior desempenho, batendo recordes e superando outros países em novos casos e óbitos. Com uma política do Executivo Federal de omissão intencional e de potencialização da crise sanitária, pessoas morrem internadas e nas filas de centros de saúde e de hospitais.Além do trágico número de mortos pela Covid-19, a pandemia gera um impacto social devastador. O número de pessoas assalariadas que estão desempregadas é crescente, apontando para o risco da falta de meios de sobrevivência. Não há ocupação para as pessoas que vivem como autônomos e por conta própria. Para estes, o horizonte é a pobreza e mesmo a fome. Situação que se agrava cada vez mais diante da completa ausência de um plano de contenção da pandemia, a nível nacional. O governo federal adotou a postura de negar a existência da Covid-19, chegando ao absurdo de contribuir para sua propagação pela via de inverdades e de negação da ciência.
O sistema capitalista que opera a pandemia da saúde, a economia e a destruição do meio ambiente continua a acumular ganhos financeiros, juros da dívida pública e enquanto se achatam os salários cada vez mais. Ao mesmo tempo em que opera uma divisão desigual da distribuição das vacinas e outros insumos contra a Covid-19, na qual as populações mais ricas são privilegiadas, relegando as populações dos países pobres a segundo plano, as farmacêuticas e laboratórios aumentam seus lucros ao custo de milhões de vidas.
Assistimos logo no começo da pandemia a ação do Estado de descontar o ônus da crise sanitária e econômica nas costas dos trabalhadores, com a Medida Provisória 936, que permitiu cortes de jornada e de salário de 25%, 50% e 70% gerando uma situação de completa instabilidade do emprego e de insegurança de renda entre amplas camadas da população.
Grandes empresários e o mercado financeiro utilizam a pandemia para chantagear o País a garantir a privatização de empresas estatais e o desmonte do Estado através da reforma administrativa, como maneira de obter ganhos que jamais realizariam por meio da competição.
Tal horizonte sombrio de economia, da pandemia, do meio ambiente e da sociedade, instalou-se no país com a usurpada presidência da República que se orienta por um projeto político de retorno à ditadura militar, cuja operação já tivemos a infeliz oportunidade de conhecer em integralidade no período de 1964 a 1985.
A sociedade viveu, experimentou e não quer mais retornar ao passado dos horrores das prisões, das salas de torturas e do amordaçamento das liberdades.
O momento presente precisa ser entendido como uma tentativa de regressão histórica com a qual não se pode estabelecer conivências. A história e as futuras gerações cobrarão as respostas que demos neste momento de crises.
O governo Bolsonaro é o principal obstáculo para a contenção da pandemia e seus efeitos. Nesse sentido, é preciso o impedimento do Presidente da República e a convocação de eleições gerais.
As forças que lutam pela vida, pelo trabalho digno, por um meio ambiente saudável e pelas liberdades democráticas, sindicatos, partidos políticos, movimentos e associações sociais precisam construir um movimento no qual caibam o campo e a cidade e os grupos sociais que se opõem à exploração capitalista do trabalho e à ditadura. Os jovens são especialmente convocados porque o futuro a eles pertence.
MARÇO DE 2021
ASSINAM
Grupo de Estudos e Pesquisas para o Trabalho - GEPT/ UnB.
Sadi Dal Rosso - UnB
Jales da Costa - UnB
Laura Gontijo - UnB
Jonas C L Valente - UnB
Antonio Marques - Professor de Filosofia EM
Ângela Taberga - Universidade Federal do Tocantins
Luiz Antonio de Matos Macedo, Professor Univ. Estadual de Montes Claros
Raquel de Almeida Moraes - Professora UnB
Carlos Bauer - Professor
Rebecca Samara Fidelis de A|meida - doutoranda UnB
Raphael Lapa - Doutorando UnB
Bruna Letícia Jesus de Lima - graduanda em História
Adriana Cristina Alves do Amaral, jornalista e mestre em Comunicação Social
José Maria Nova da Costa Neto
Rayssa Haywani G. Da Silva - UnB
Fernando Lacerda Jr. - Universidade Federal de Goiás
Pâmela Quesia da Silva - Professora SEDF
Adolfo Silva Lago Filho - UnB
Thiago S. Melo - UNB
Edson Marcelo Hungaro FEF/UnB
Ricardo Festi - Depto de Sociologia (UnB)
Edvaldo Fernandes, Professor UniCEUB e Católica de Brasília - Advogado do Senado Federal.
Eduardo Luiz Zen - Ipea
Carlos Bauer – Professor
Adolfo Silva Lago Filho – UnB
Rayssa
Haywani G. Da Silva – UnB
Edson Marcelo Hungaro FEF/UnB
Fernando Lacerda Jr. - Universidade Federal de Goiás
Thiago S. Melo – UNB
Pâmela Quesia da Silva - Professora SEDF
Célia Maria Lana da Costa Zannon. UnB Professora aposentada.
Marilia Zannon de Andrade Figueiredo - fonoaudióloga do HSPM-SP
Jose Tirteo Zannon - aposentado
Jas Galli - aposentado
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